A efusão pleural em felinos é o acúmulo anormal de líquido na cavidade torácica, dificultando a respiração. Pode ser causada por doenças cardíacas, infecções, entre outras causas. É essencial o diagnóstico veterinário para tratamento adequado.
Você sabia que a efusão pleural em gatos é uma das condições veterinárias mais comuns nos felinos? Essa é uma urgência que requer cuidados imediatos, mas para isso, o tutor precisa saber quais os sintomas e sinais que o pet apresenta.
Essa condição é um sinal clínico de outras doenças e requer uma abordagem diagnóstica cuidadosa para determinar a origem e o tratamento adequado. Se você quer saber mais detalhes sobre esse tema, não deixe de ler o artigo completo a seguir!
O que é efusão pleural?
Conhecido também como derrame pleural em gatos, a efusão é o acúmulo anormal de líquido na cavidade ao redor dos pulmões, sendo uma das principais causas para os felinos terem dificuldade para respirar.
Esse acúmulo ocorre no espaço pleural, a área entre a membrana que reveste os pulmões (pleura visceral) e a membrana que reveste as paredes do tórax (pleura parietal). Geralmente, há uma grave dificuldade respiratória dos felinos.
Várias doenças veterinárias podem causar a efusão, como tumores na membrana ao redor dos pulmões, tumores nos próprios pulmões, a doença viral chamada Peritonite Infecciosa Felina (PIF) e problemas no coração.
Essas condições bagunçam o equilíbrio natural entre a produção e a absorção desse líquido, fazendo com que ele se acumule prejudicialmente. Por isso, a efusão pleural não é doença, mas um sintoma.
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O que pode causar efusão pleural?
Ao considerar esse quadro em gatos, vários fatores podem levar a essa condição. Existem causas primárias, secundárias e também causas mais raras. Quando se trata de causas primárias, o problema está na pleura. Podemos listar algumas condições médicas comuns, como:
- Pleurite Supurativa: é uma condição caracterizada pela inflamação da pleura, a membrana que reveste os pulmões.
- Doenças cardíacas: as que estão mais relacionadas são a cardiomiopatia hipertrófica e insuficiência cardíaca congestiva.
- Neoplasias: tumores nos pulmões, tecidos mediastinais, pleura, coração e nos linfonodos.
- Vasculite Exsudativa: inflamação dos vasos sanguíneos resultam na formação de exsudato, um tipo de fluido que contém proteínas e células inflamatórias.
- Rompimento Linfático: o papel do sistema linfático é transportar a linfa, um fluido que carrega células de defesa e substâncias residuais do metabolismo, de volta para o sistema circulatório.
- Peritonite Infecciosa felina (PIF): uma doença viral grave que pode afetar vários órgãos do gato, incluindo a pleura.
- Trauma torácico: acúmulo de sangue causado por queda ou atropelamento, chamado de hemotórax.
Causas raras:
- Torção do lobo pulmonar;
- Doenças hepáticas;
- Hipoproteinemia;
- Pancreatite;
- Infarto pulmonar;
- Cistos timicos;
- Infecções por verme pulmonar.
Quais os sintomas de efusão pleural?
A efusão pleural em si é um sintoma que pode ser indicativo de várias doenças secundárias em gatos. Como resultado, além dos sinais diretos, como dificuldade para respirar, o gato pode apresentar sintomas relacionados à condição de base. A seguir, confira alguns dos mais comuns:
- Respiração rápida e superficial;
- Prostração;
- Febre;
- Perda de peso;
- Comportamento de isolamento;
- Sinais de dor ou desconforto;
- Ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal);
- Icterícia;
- Dispneia;
- Mucosas cianóticas;
- Desidratação;
- Ausculta abafada.
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Quais são os fatores de risco?
Os fatores de risco envolvem as doenças de base que causam esse sintoma. Por isso, os felinos com doenças prévias, principalmente os pacientes cardíacos, merecem atenção especial, sobretudo os animais idosos. É importante um acompanhamento com um cardiologista veterinário.
Gatos mais velhos são mais propensos a desenvolver efusão pleural devido à maior incidência, como insuficiência cardíaca e neoplasias.
Além disso, algumas raças de gato, como Maine Coon e Ragdoll, podem ter maior predisposição a certos tipos de doenças que causam efusão pleural em gatos. Já os machos podem ter um risco ligeiramente maior do que as fêmeas.
Acidentes de carro, quedas e outros traumas torácicos podem causar danos aos pulmões e à pleura, levando à efusão. Por isso, é necessário criar um ambiente seguro. Em hipótese alguma, o animal deve ser criado fora de casa.
Gatos que frequentam a rua podem contrair PIF, FIV, FeLV e parasitas, que podem levar a essa condição. Ainda, brigas com outros animais, atropelamentos e quedas são mais frequentes entre aqueles que circulam livremente.
Diagnóstico e exames necessários para identificar a efusão pleural
Para o diagnóstico, o veterinário utiliza principalmente a anamnese e os exames de imagem, como raio-x e ultrassonografia (USG). A radiografia é amplamente acessível em clínicas e hospitais, enquanto o ultrassom permite detectar pequenas quantidades de líquido e investigar as causas.
Os exames identificam tanto a presença de líquido quanto permitem identificar outros sinais, como um tumor na região do tórax ou torção pulmonar.
Quando se trata de efusões pleurais, a punção de líquido pleural para análise em laboratório pode ser realizada com o auxílio da USG para aumentar a precisão e a segurança do procedimento. Com o material, é possível fechar o diagnóstico para a doença primária.
Tratamentos disponíveis e cuidados a serem prestados aos gatos
O tratamento depende do diagnóstico da doença de base. Tratar apenas o sintoma sem abordar a causa seria insuficiente. O líquido pode ser removido temporariamente para gerar alívio, mas se a condição base não for tratada, o líquido irá se acumular novamente.
Isso pode levar a um ciclo recorrente, o que é prejudicial e estressante para o paciente, além de aumentar o risco de complicações. Quanto ao tratamento, se a efusão pleural é causada por uma infecção bacteriana, antibióticos serão necessários para tratar a infecção.
Se for devido a um problema cardíaco, pode ser necessário ajustar a medicação cardíaca ou adotar outras intervenções. É por isso que a anamnese detalhada no consultório veterinário, o exame físico e os exames diagnósticos são tão importantes na abordagem.
Para estabilizar o paciente, a oxigenoterapia é uma medida crítica e deve ser iniciada o mais rápido possível. Vários métodos podem ser utilizados para o procedimento, como a máscara, armação com colar elizabetano, cateter nasal ou câmara de oxigênio.
Depois, o veterinário realiza a toracocentese, procedimento que envolve a aspiração de líquido anormal acumulado no espaço entre os pulmões e a parede torácica do animal. Remover o líquido ajuda a aliviar a pressão sobre os pulmões, facilitando a respiração e melhorando seu estado geral.
Como você conferiu ao longo deste conteúdo, a efusão pleural em gatos é uma condição que requer atenção imediata. A Vetzco entende essa urgência e facilita o acesso aos melhores cuidados.
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