Os gatos são conhecidos por sua curiosidade e comportamento independente, mas, como qualquer outro animal, estão sujeitos a diversas condições de saúde. Uma delas é o papiloma felino, uma doença viral que, apesar de ser rara, pode causar preocupações aos tutores.
Este problema afeta principalmente a pele e, em casos mais graves, pode comprometer o bem-estar geral do animal.
Neste artigo, vamos entender o que é o papiloma felino, suas causas, sintomas e perigos, bem como as melhores formas de tratamento e prevenção. Este guia completo ajudará você a cuidar melhor da saúde do seu gato e a reconhecer sinais precoces dessa condição.
Continue lendo até o final!
O que é papiloma felino?
O papiloma felino é uma doença causada pelo Papillomavirus felino (FPV), um vírus que ataca principalmente a pele e as mucosas. A infecção viral resulta em lesões cutâneas, geralmente na forma de verrugas ou nódulos, que podem variar em tamanho, formato e localização.
Embora o papiloma seja mais comum em cães, ele também pode ocorrer em gatos, especialmente em animais com o sistema imunológico enfraquecido ou expostos a ambientes com grande concentração de outros animais.
Em geral, as lesões são benignas e autolimitadas, mas a vigilância é crucial, pois algumas variantes do vírus podem estar associadas a tumores malignos, como o carcinoma de células escamosas.
Os papilomas podem aparecer em diferentes partes do corpo do gato, incluindo a boca, face, orelhas, patas e região genital. O aspecto das lesões pode variar de uma pequena protuberância lisa a massas maiores, de textura áspera e irregular.
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Causas do papiloma felino
O papiloma felino é transmitido por algumas formas. Portanto, é essencial conhecer essas variáveis, mas também os fatores que potencializam a infecção. Vamos conhecer na sequência:
Formas de transmissão:
- Contato direto: quando os gatos entram em contato físico com outro animal portador do vírus;
- Objetos contaminados: tigelas de comida, caixas de areia, brinquedos ou camas compartilhados por gatos infectados;
- Feridas abertas: o vírus pode entrar no organismo através de cortes ou arranhões na pele do gato.
Fatores que aumentam o risco de infecção incluem:
- Sistema imunológico debilitado: filhotes, gatos idosos ou aqueles que já possuem doenças crônicas são mais suscetíveis;
- Ambientes superlotados: locais com muitos gatos, como abrigos ou colônias, favorecem a transmissão;
- Falta de higiene: condições inadequadas de limpeza podem facilitar a propagação do vírus.
Embora o Papillomavirus seja altamente contagioso entre os gatos, ele não é transmitido para seres humanos ou para outras espécies de animais.

Perigos do papiloma felino
Na maioria dos casos, o papiloma felino apresenta-se como uma condição benigna e autolimitada, ou seja, as lesões podem desaparecer espontaneamente à medida que o sistema imunológico do gato combate o vírus.
No entanto, existem perigos associados à infecção que não devem ser ignorados:
- Infecções secundárias: as lesões podem ser irritadas pelo gato ao lamber ou arranhar, aumentando o risco de infecção bacteriana;
- Dor e desconforto: dependendo da localização, os papilomas podem causar dor, especialmente se estiverem em áreas sensíveis, como a boca ou patas;
- Evolução para câncer: em casos raros, algumas variantes do Papillomavirus felino estão associadas ao desenvolvimento de tumores malignos, como o carcinoma de células escamosas.
Além disso, em gatos imunocomprometidos, a infecção pode se espalhar pelo corpo, causando múltiplas lesões que podem comprometer a qualidade de vida do animal.
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Sintomas do papiloma felino
Os principais sinais do papiloma felino incluem. Abaixo, listamos 5 sintomas para você prestar atenção e perceber se está presente no gato:
- Lesões cutâneas: verrugas ou nódulos na pele, de tamanhos variados, que podem ser lisos ou rugosos;
- Localização comum: boca, orelhas, patas, abdômen ou regiões genitais;
- Mudanças de comportamento: o gato pode se lamber excessivamente ou parecer desconfortável em razão das lesões;
- Sangramento: em casos em que as lesões são irritadas ou lesionadas, pode haver sangramento;
- Dificuldade para comer: quando as lesões estão na boca, o gato pode evitar se alimentar ou demonstrar dor ao mastigar.
Em alguns casos, os papilomas podem ser confundidos com outras condições dermatológicas, como fungos, alergias ou tumores, por isso é essencial que um veterinário avalie qualquer lesão incomum.
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Como tratar o papiloma felino
O tratamento do papiloma felino varia de acordo com a gravidade e a localização das lesões. Em muitos casos, não é necessário nenhum tratamento específico, pois o sistema imunológico do gato é capaz de combater o vírus sozinho. No entanto, intervenções podem ser necessárias se:
- As lesões estiverem causando dor ou desconforto;
- Houver sinais de infecção secundária;
- As lesões persistirem ou crescerem significativamente.
As principais opções de tratamento incluem:
- Remoção cirúrgica: indicada para lesões maiores, que não desaparecem sozinhas ou estão localizadas em áreas que causam desconforto ao gato;
- Crioterapia: procedimento que congela as lesões, promovendo sua remoção;
- Tratamento tópico: medicamentos específicos podem ser aplicados para reduzir o tamanho das verrugas;
- Fortalecimento do sistema imunológico: manter o gato saudável, com uma dieta equilibrada e cuidados gerais, ajuda a melhorar sua imunidade e combater a infecção.
Sempre consulte um veterinário antes de iniciar qualquer tratamento, pois ele irá avaliar a melhor abordagem para o caso do seu gato.
Como evitar o papiloma felino
A prevenção do papiloma felino envolve reduzir os fatores de risco e promover a saúde geral do gato. Algumas medidas importantes incluem:
- Higiene: mantenha tigelas, brinquedos e áreas de descanso do gato sempre limpos;
- Evitar contato com animais infectados: ao introduzir um novo gato em casa, certifique-se de que ele esteja saudável e sem sinais de infecção;
- Vacinação e controle de doenças: embora não exista uma vacina específica contra o Papillomavirus felino, manter o calendário de vacinas atualizado ajuda a fortalecer a imunidade do animal;
- Ambiente seguro: gatos que vivem em ambientes internos têm menos risco de entrar em contato com animais infectados;
- Exames regulares: visitas periódicas ao veterinário ajudam a detectar precocemente qualquer anormalidade na pele ou na saúde geral do gato.
Em resumo
O papiloma felino é uma condição que, na maioria dos casos, não representa grande risco à saúde dos gatos. Contudo, a observação atenta e o cuidado veterinário são fundamentais para evitar complicações.
Lesões persistentes ou que causam desconforto devem sempre ser avaliadas por um profissional. E para isso conte com a Vetzco, onde você encontra os melhores especialistas, perto da sua casa, e agenda a consulta rapidamente. Acesse e confira:
