O sangramento nasal, ou epistaxe, em cães é uma condição que pode assustar tutores pela sua aparência dramática. Embora nem sempre seja grave, em alguns casos o sangramento nasal pode indicar problemas de saúde que requerem atenção veterinária imediata. Saber identificar, entender as causas e agir corretamente é fundamental para garantir o bem-estar do seu pet.
Diversos fatores podem desencadear a epistaxe, desde traumas simples até doenças sistêmicas complexas. De acordo com a American College of Veterinary Surgeons (ACVS), enquanto algumas causas são locais e facilmente tratáveis, outras podem ser sinais de condições mais graves, como distúrbios de coagulação ou tumores. Assim, conhecer mais sobre o problema permite agir de forma rápida e eficaz.
Neste artigo, vamos abordar de forma detalhada o que é a epistaxe em cães, suas causas, os perigos associados, como tratar e como prevenir. Continue lendo para entender tudo sobre esse importante tema de saúde canina.
O que é epistaxe (sangramento nasal) em cães?
Epistaxe é o termo médico utilizado para descrever o sangramento que ocorre pelas narinas. Em cães, esse sangramento pode ser unilateral (afetar apenas uma narina) ou bilateral (afetar ambas). A quantidade de sangue pode variar, desde pequenos traços até grandes fluxos, o que pode gerar preocupação imediata nos tutores.
A epistaxe pode ocorrer de forma súbita, sem sinais prévios, ou pode ser o desfecho de sintomas respiratórios como espirros, secreções nasais e dificuldades para respirar. Dependendo da origem do problema, o sangramento pode ser recorrente ou único.
É importante observar outros sintomas associados, como letargia, perda de apetite, ou inchaço facial, pois eles ajudam a identificar a gravidade e a origem do problema. O diagnóstico precoce é crucial para determinar a causa correta e instituir o tratamento adequado.

O que causa o sangramento nasal em cães?
As causas do sangramento nasal em cães são diversas e podem ser divididas entre fatores locais e sistêmicos. Conhecer essas possíveis origens ajuda a entender a complexidade do problema.
Fatores locais
Esses fatores afetam diretamente a cavidade nasal ou estruturas adjacentes. São eles:
- Traumas: batidas no focinho, quedas ou mordidas podem causar lesões nos vasos sanguíneos;
- Corpos estranhos: sementes, pedaços de madeira ou pequenos objetos podem ficar presos no nariz, provocando irritação e sangramento;
- Infecções: fungos, bactérias ou parasitas (como a leishmaniose) podem afetar a mucosa nasal;
- Tumores: neoplasias nasais são mais comuns em cães idosos e podem causar epistaxe persistente.
Fatores sistêmicos
Esses fatores envolvem todo o organismo e geralmente indicam doenças mais graves:
- Distúrbios de coagulação: doenças como a doença de von Willebrand ou intoxicações por rodenticidas anticoagulantes comprometem a coagulação do sangue;
- Hipertensão arterial: pode causar rompimento de pequenos vasos nasais;
- Doenças infecciosas sistêmicas: erliquiose, cinomose e leptospirose são exemplos de infecções que podem provocar epistaxe;
- Doenças autoimunes: condições como o lúpus podem inflamar e danificar os vasos sanguíneos.
Ter consciência dessas causas é essencial para a rápida identificação e tratamento da condição.
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Perigos do sangramento nasal em cães
Embora alguns episódios de sangramento possam ser benignos, o sangramento nasal em cães pode trazer sérios riscos à saúde. Veja alguns perigos:
Anemia e fraqueza
Se o sangramento for abundante ou persistente, o cão pode desenvolver anemia, uma condição em que há diminuição na quantidade de glóbulos vermelhos. Isso pode gerar fraqueza, cansaço extremo e palidez das mucosas.
Aspiração de sangue
O sangue pode ser aspirado para as vias respiratórias, causando complicações como pneumonia aspirativa, uma condição grave que pode evoluir rapidamente.
Diagnóstico tardio de doenças graves
Em muitos casos, o sangramento nasal é apenas a manifestação visível de doenças subjacentes mais sérias, como tumores ou distúrbios hematológicos. Ignorar o sangramento pode retardar o diagnóstico e agravar o quadro clínico.
Portanto, nunca subestime um episódio de epistaxe, especialmente se ele for recorrente ou acompanhado de outros sintomas.
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Como tratar o sangramento nasal em cães
O tratamento da epistaxe em cães depende diretamente da causa identificada. Um diagnóstico preciso é o primeiro passo para o sucesso terapêutico.
Primeiros socorros
Antes de levar o cão ao veterinário, algumas medidas podem ajudar a controlar o sangramento:
- Mantenha o cão calmo: o estresse aumenta a pressão arterial e pode agravar o sangramento;
- Aplique compressas frias: coloque uma bolsa de gelo envolta em tecido sobre a ponte do nariz para ajudar a contrair os vasos sanguíneos;
- Evite manipular o focinho: tentar limpar ou sondar o nariz pode piorar a situação.
Tratamento veterinário
O veterinário pode realizar diversos exames, como:
- Exames de sangue para avaliar a coagulação e a presença de doenças infecciosas;
- Radiografias ou tomografias da cabeça para detectar massas, fraturas ou corpos estranhos;
- Rinoscopia, um exame com câmera que permite visualizar o interior das narinas.
Dependendo da causa, o tratamento pode envolver:
- Antibióticos ou antifúngicos para infecções;
- Cirurgias para remoção de tumores ou corpos estranhos;
- Terapias imunossupressoras em casos de doenças autoimunes;
- Transfusões de sangue nos casos de anemia grave.
Cada tratamento será personalizado conforme a gravidade e o diagnóstico final.
Como evitar o sangramento nasal em cães
Prevenir a epistaxe em cães envolve cuidados básicos de saúde e atenção ao ambiente em que o animal vive.
Medidas preventivas
- Evite exposições a ambientes perigosos: mantenha o cão longe de produtos tóxicos, plantas venenosas e locais onde possam ocorrer traumas;
- Vacinação e controle de parasitas: previnem doenças infecciosas que podem causar sangramento nasal;
- Realize check-ups periódicos: avaliações veterinárias de rotina ajudam a identificar problemas antes que se tornem graves;
- Supervisione atividades ao ar livre: isso evita que o cão inale corpos estranhos ou sofra ferimentos.
Atenção a sinais precoces
Detectar sinais como espirros frequentes, secreções nasais ou sangramento ocasional é fundamental para um diagnóstico precoce. Nunca hesite em buscar ajuda veterinária se notar algo fora do normal.
Manter a saúde do seu cão em dia e estar atento ao comportamento dele são as melhores formas de evitar complicações como a epistaxe.
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