Embora não seja transmissível a humanos, a AIDS felina é uma questão séria de saúde animal. A doença tem uma progressão lenta e, em muitos casos, o gato pode permanecer assintomático por anos antes de manifestar os sinais clínicos.
Entretanto, quando os sintomas surgem, eles podem ser devastadores, impactando significativamente a qualidade de vida do pet. Essa condição é mais comum do que muitos imaginam e pode causar grande preocupação entre tutores de gatos.
Compreender os sintomas, modos de transmissão e formas de prevenção é essencial para garantir que seu gato permaneça saudável. Além disso, distinguir a FIV de outras doenças como FeLV (Vírus da Leucemia Felina) e PIF (Peritonite Infecciosa Felina) ajuda no diagnóstico e tratamento adequados.
A seguir, vamos explorar todos os aspectos relacionados à AIDS felina. Boa leitura!
O que é AIDS felina?
A AIDS felina, ou FIV, é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência felina, que pertence à mesma família do HIV. Ele age enfraquecendo o sistema imunológico, tornando o gato mais suscetível a infecções bacterianas, virais e fúngicas que, em condições normais, não seriam graves.
O vírus é distribuído mundialmente e é mais prevalente em gatos machos não castrados que vivem ao ar livre, devido à forma como é transmitido, que será detalhada mais adiante. Embora a infecção não tenha cura, um gato portador do FIV pode viver muitos anos com qualidade de vida, desde que receba os cuidados adequados.
O diagnóstico da AIDS felina é feito por meio de exames de sangue específicos que detectam a presença de anticorpos contra o vírus. Essa triagem é fundamental, especialmente em gatos adotados ou resgatados, para que a doença seja identificada precocemente.
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Sintomas da AIDS felina
Os sintomas da FIV podem variar muito, dependendo da fase da doença e da saúde geral do gato. Muitas vezes, os animais infectados não apresentam sinais visíveis por longos períodos. No entanto, conforme o vírus progride, os seguintes sintomas podem surgir:
- Perda de peso progressiva e apetite reduzido;
- Febre persistente, mesmo sem causa aparente;
- Gengivite e estomatite (inflamações na gengiva e boca);
- Infecções recorrentes (respiratórias, de pele ou urinárias);
- Diarreia crônica ou vômitos frequentes;
- Pelagem opaca e falta de higiene pessoal;
- Apatia e cansaço excessivo;
- Diminuição da imunidade, facilitando doenças oportunistas.
É importante observar que esses sintomas não são exclusivos da FIV e podem ocorrer em outras condições. Portanto, é essencial buscar orientação veterinária ao notar qualquer mudança no comportamento ou na saúde do seu gato.

Como a AIDS felina é transmitida?
A principal forma de transmissão da FIV é através de mordidas profundas durante brigas entre gatos. Por isso, gatos machos não castrados, que têm comportamento territorial e vivem em ambiente externo, estão no grupo de maior risco.
Outras formas menos comuns de transmissão incluem:
- Durante o parto, quando a gata infectada passa o vírus para os filhotes;
- Durante o acasalamento (embora seja raro);
- Compartilhamento de tigelas de água ou comida, desde que haja contato com saliva contaminada em feridas.
Ao contrário do HIV em humanos, a transmissão sexual ou por meio de fluidos corporais como sangue é muito menos significativa em gatos. Além disso, a convivência pacífica entre gatos, sem brigas, reduz drasticamente o risco de transmissão.
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Diferença entre PIF, FIV e FeLV
A PIF, FIV e FeLV são doenças graves que afetam gatos, mas apresentam diferenças marcantes em relação ao vírus causador, sintomas e progressão. Veja as principais distinções:
FIV (AIDS felina)
- Causada pelo vírus da imunodeficiência felina.
- Enfraquece o sistema imunológico ao longo do tempo.
- Transmissão: mordidas profundas.
- Gatos podem viver anos com a doença se tratados adequadamente.
FeLV (leucemia felina)
- Causada pelo vírus da leucemia felina.
- Pode levar ao desenvolvimento de tumores, anemia e imunossupressão.
- Transmissão: saliva, fezes, leite materno e compartilhamento de tigelas.
- Progressão mais rápida em comparação à FIV.
PIF (peritonite infecciosa felina)
- Causada por uma mutação do coronavírus felino.
- Afeta, principalmente, gatos jovens.
- Não é transmissível entre gatos.
- Os sintomas incluem febre persistente, acúmulo de líquido no abdômen e dificuldades respiratórias.
Embora todas essas doenças sejam graves, elas requerem abordagens específicas para diagnóstico e manejo, reforçando a importância de exames regulares.
Tratamento e prevenção da AIDS felina
Duas ações são importantes no combate da AIDS felina: o tratamento para os gatos que já possuem a doença, mas, primeiramente, a prevenção da doença, que pode ser feita com cuidados básicos no dia a dia. Conheça os métodos para tratamento e prevenção da AIDS felina, logo abaixo:
Tratamento
Não existe cura para a AIDS felina, mas o manejo adequado pode melhorar significativamente a qualidade de vida do gato. O tratamento inclui:
- Suporte imunológico, com suplementação de vitaminas e antioxidantes;
- Controle de infecções secundárias com antibióticos ou antifúngicos;
- Alimentação balanceada e de alta qualidade;
- Redução do estresse no ambiente;
- Visitas regulares ao veterinário para monitoramento.
Gatos infectados devem ser mantidos em ambientes internos, protegidos de outros animais, para evitar tanto a transmissão do vírus quanto o contato com patógenos externos.
Prevenção
Prevenir a AIDS felina é fundamental, especialmente porque a doença não tem cura. Algumas medidas eficazes incluem:
- Castrar os gatos para reduzir comportamentos territoriais e brigas.
- Manter os gatos em ambientes internos ou supervisionados ao ar livre.
- Testar regularmente gatos recém-adotados antes de introduzi-los em uma casa com outros animais.
- Consultar o veterinário regularmente para exames de rotina.
Embora não exista uma vacina contra a FIV em muitos países, seguir essas práticas ajuda a minimizar os riscos de infecção.
A AIDS felina é uma condição séria, mas o diagnóstico precoce e os cuidados adequados podem proporcionar ao seu gato uma vida longa e confortável. Por isso, você precisa sempre contar com um veterinário de confiança para acompanhar nesse período delicado.
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