O primeiro cio dos pets costuma ser um momento cheio de dúvidas e preocupações para os tutores. Essa fase marca a maturidade sexual dos animais e, consequentemente, surgem mudanças comportamentais e fisiológicas importantes. Entender o que é cio e como lidar com essa situação é fundamental para garantir o bem-estar dos cães e gatos.
De acordo com estudos sobre comportamento animal, cerca de 85% dos tutores não sabem exatamente como agir durante o primeiro cio dos seus pets. Isso pode gerar desconforto tanto para o animal quanto para a família. A desinformação pode resultar em acidentes, fugas e até cruzas indesejadas.
Por isso, neste artigo, você vai aprender de forma clara e detalhada o que é cio e por que ele acontece, como identificar se o pet está no cio, como lidar com o primeiro cio de pets e o que não fazer durante essa fase.
O que é cio e por que ele acontece
O cio é uma fase natural do ciclo reprodutivo dos animais, indicando que eles estão aptos para a reprodução. O principal motivo do cio é a liberação de hormônios, como o estrogênio nas fêmeas, que prepara o organismo para a gestação.
Nos cães e gatos, o cio geralmente acontece pela primeira vez entre 6 e 12 meses de idade, podendo variar de acordo com fatores como porte, raça e características genéticas. Raças de pequeno porte costumam entrar no cio mais cedo, enquanto raças maiores podem demorar um pouco mais.
O cio é dividido em quatro fases:
- Proestro: início do cio, quando há inchaço da vulva e início do corrimento sanguinolento;
- Estro: fase fértil, onde ocorre a ovulação e a fêmea aceita o acasalamento;
- Diestro: fim da receptividade sexual e início da estabilização hormonal;
- Anestro: período de inatividade reprodutiva até o próximo ciclo.
Esse processo é cíclico e, nas fêmeas não castradas, ocorre aproximadamente a cada seis meses, no caso dos cães, e pode ser mais frequente nas gatas, que são poliéstricas sazonais, ou seja, entram no cio várias vezes durante a estação fértil.
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Como identificar se o pet está no cio
Saber como identificar se o pet está no cio é essencial para prevenir situações indesejadas e oferecer os cuidados necessários. Os sinais variam entre cães e gatos, mas existem características comuns.
Sinais do cio em cadelas:
- Inchaço da vulva;
- Corrimento vaginal com coloração que vai de rosada a sanguinolenta;
- Aumento na frequência de urina;
- Alterações comportamentais, como maior carência ou irritabilidade;
- Tentativas de fuga ou busca por machos;
- Afastamento da cauda quando tocada, especialmente na fase fértil.
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Sinais do cio em gatas:
- Vocalização intensa e constante, especialmente à noite;
- Postura de acasalamento, com elevação da região traseira;
- Esfregar o corpo em móveis e pessoas;
- Tentativas de escapar de casa;
- Maior agitação e carência.
É importante observar que, nas gatas, não há sangramento visível como ocorre nas cadelas. Por isso, os sinais comportamentais são os principais indicativos do cio nas felinas.
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Como lidar com o primeiro cio de pets
O primeiro cio costuma ser um desafio, principalmente porque tanto o pet quanto o tutor estão passando por essa experiência pela primeira vez. Saber como lidar com o primeiro cio de pets envolve cuidados específicos para garantir conforto, segurança e bem-estar.
Cuidados gerais durante o cio:
- Aumentar a vigilância: mantenha portas e portões sempre bem fechados, pois a tentativa de fuga é muito comum;
- Evitar passeios sem guia: durante o cio, fêmeas atraem machos de longa distância, aumentando o risco de cruzas indesejadas e acidentes;
- Higiene reforçada: nas cadelas, utilize calcinhas higiênicas próprias para pets, trocando com frequência para evitar infecções. Limpe o ambiente com mais regularidade;
- Oferecer conforto: prepare um local mais aconchegante e silencioso, com caminha limpa e brinquedos, já que o pet pode ficar mais sensível;
- Reduzir estímulos externos: feche janelas e evite que o som e cheiro dos machos do entorno estimulem ainda mais o animal;
- Atenção redobrada aos machos da casa: se houver machos não castrados no ambiente, é essencial separá-los das fêmeas durante o cio;
- Monitore a alimentação: alguns animais podem perder o apetite, enquanto outros podem comer mais;
- Observe sinais de desconforto: caso haja dor, apatia ou qualquer alteração preocupante, consulte um médico veterinário.
Além disso, o primeiro cio é um bom momento para refletir sobre a castração. Esse procedimento traz diversos benefícios, como a prevenção de doenças, controle populacional e redução de comportamentos indesejados relacionados ao cio.
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O que não fazer no primeiro cio de pets
Saber o que não fazer no primeiro cio de pets é tão importante quanto conhecer os cuidados necessários. Algumas atitudes podem gerar estresse, desconforto ou até riscos para a saúde do animal.
- Não forçar passeios longos ou em locais movimentados: isso aumenta o estresse e o risco de encontros com machos;
- Não aplicar medicamentos ou métodos caseiros para suprimir o cio: produtos hormonais sem orientação veterinária podem causar problemas sérios, como infecções uterinas e câncer;
- Não permitir o contato com machos não castrados: o risco de prenhez indesejada é altíssimo, além de possíveis brigas entre machos que disputam a fêmea;
- Não ignorar os sinais de desconforto: mudanças bruscas de comportamento podem indicar dores, estresse ou até problemas mais sérios;
- Não negligenciar a higiene: deixar o pet e o ambiente sujos pode provocar infecções e desconforto;
- Não usar punições: repreender o animal por comportamentos típicos do cio só gera mais estresse e insegurança.
O primeiro cio de pets é um evento natural e, embora traga alguns desafios, pode ser encarado de forma tranquila quando o tutor está bem informado. Observar os sinais, oferecer suporte adequado e buscar orientação profissional sempre que necessário garante que essa fase seja vivida com mais segurança e bem-estar para todos.
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