Convulsão em gatos: como identificar e proceder em casos de epilepsia felina

A convulsão em gatos é um fenômeno neurológico caracterizado por atividade cerebral anormal, resultando em contrações musculares involuntárias. Essa condição se manifesta por meio de movimentos bruscos e tremores, podendo até apresentar perda de consciência.

Os gatos são animais muito conhecidos por sua independência, porém, ocasionalmente, eles podem levantar preocupação aos seus tutores por conta de comportamentos diferentes do habitual. 

É muito comum que, ao adoecerem, os animais apresentem mudanças na sua forma de agir. Um desses episódios que pode causar alarde é a ocorrência de convulsões em gatos

Neste artigo, falaremos sobre os sintomas, causas e procedimentos adequados para lidar com convulsões em gatos, permitindo uma maior compreensão sobre a epilepsia felina e o que você deve fazer para trazer mais saúde e bem-estar ao seu bichinho. Para saber mais, continue a leitura!

O que é convulsão em gatos?

A convulsão em gatos é um fenômeno neurológico caracterizado por atividade cerebral anormal e descontrolada, resultando em contrações musculares involuntárias

É importante ressaltar que, durante esse evento, o gato pode apresentar movimentos bruscos, tremores, salivação excessiva e, por vezes, perda temporária de consciência. 

Outro ponto importante é que esses episódios podem variar em intensidade e duração, sendo potencialmente assustadores para os tutores que testemunham essa ação dos gatos. 

Uma das principais e mais comuns causas de convulsões em animais é a epilepsia, embora possam existir outros fatores que podem desencadear esses episódios, como, por exemplo, intoxicação, lesões cerebrais, infecções, distúrbios metabólicos, entre outros. 

Mesmo que os episódios convulsivos mereçam atenção, é preciso ressaltar que nem todos significam que o gato tenha epilepsia. Por isso, é essencial uma avaliação veterinária, se possível de um especialista na área. Esse profissional poderá determinar a causa específica do evento, além de oferecer o tratamento ideal.

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Como a convulsão em gatos afeta a saúde do felino?

A convulsão pode ter impactos significativos no animal. Isso porque ela pode afetar a saúde física e emocional. Afinal, um episódio convulsivo faz com que o gato passe por contrações musculares intensas e involuntárias, podendo acarretar lesões secundárias, como contusões e outros ferimentos. 

Além disso, o estresse associado a esses eventos pode ter efeitos negativos a longo prazo no sistema imunológico, tornando-o mais suscetível a doenças. 

Outra questão que merece atenção é a frequência e a intensidade das convulsões, já que elas também desempenham um papel importante no impacto na saúde do animal. 

Quando há episódios frequentes, o gato pode apresentar um cansaço maior do que o normal, ter perda no apetite e, em último caso, ter perda de peso. A convulsão por si é um processo que traz muito desgaste ao corpo do bichinho, e o esforço repetitivo pode diminuir sua qualidade de vida. 

Mas é preciso ressaltar que, além dos efeitos físicos, as convulsões podem ter implicações emocionais. Isso porque gatos que experimentam esses episódios podem se tornar mais ansiosos, nervosos ou retraídos, impactando seu comportamento e relacionamento com os tutores.

Quais são as causas de uma convulsão em gatos?

As convulsões em gatos podem ter diversas causas, e identificar a origem específica é fundamental para um tratamento adequado. Por isso é muito importante se atentar aos detalhes, principalmente no que diz respeito ao comportamento do animal e suas possíveis oscilações. 

Como citamos anteriormente, a epilepsia é um dos principais motivos para o animal ter episódios convulsivos. Ela é uma condição neurológica caracterizada por atividade cerebral anormal, levando a convulsões recorrentes. Lembrando que ela pode ter origem genética ou ser adquirida ao longo da vida. 

A ingestão de substâncias tóxicas, como produtos químicos domésticos, plantas venenosas ou medicamentos inadequados, pode desencadear convulsão. 

Além disso, problemas metabólicos, como insuficiência hepática, hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) ou desequilíbrios eletrolíticos, podem contribuir para o surgimento desses eventos. 

Um gato também pode ter convulsões pelos seguintes motivos: lesões cerebrais, doenças infecciosas, problemas vasculares, fatores genéticos e congênitos, entre outros.

Quais são os sintomas comuns desta condição neurológica?

Um gato deitado em uma cama branca dormindo
Convulsão em gatos: como identificar e proceder em casos de epilepsia felina 1

Agora que você já entendeu o que é essa condição e quais são suas principais causas, é essencial que você compreenda também quais são os sintomas mais comuns. Saber disso permitirá que você entenda o momento ideal de procurar ajuda de um especialista para seu animalzinho de estimação. Veja mais abaixo:

  • Movimentos incontroláveis: durante um evento convulsivo, o gato pode apresentar movimentos descontrolados, como tremores, contrações musculares e involuntários das patas.
  • Salivação excessiva: outro sinal comum desta condição é a salivação, que se torna mais intensa e é frequentemente observada durante e após uma convulsão.
  • Alterações de comportamento: antes de uma convulsão, alguns gatos podem exibir sinais de comportamento anormal, como agitação, ansiedade ou isolamento.
  • Perda de consciência: em algumas situações, o gato pode perder temporariamente a consciência durante o episódio, ficando inconsciente por um curto período.
  • Perda de controle da bexiga ou intestino: o gato pode urinar ou defecar durante uma convulsão devido à perda temporária de controle sobre essas funções.
  • Confusão: após a convulsão, o gato pode parecer desorientado, confuso ou sonolento. Esse período é uma fase de recuperação que pode variar em duração.
  • Frequência variável: um ponto que merece atenção dos tutores é que a frequência das convulsões pode variar, desde episódios únicos até convulsões recorrentes ao longo do tempo.

Como fazer o diagnóstico da convulsão em gatos?

O diagnóstico requer um processo de atenção e colaboração de um neurologista veterinário, o profissional especializado para este tipo de atendimento. 

O ideal é realizar uma análise dos sintomas, verificação do histórico médico do animal, além de exames físicos e uma variedade de testes. Para isso, o veterinário começa entrevistando o tutor do gato para obter informações detalhadas sobre seu comportamento, ambiente, dieta e possíveis exposições a substâncias tóxicas. 

É muito possível que o profissional solicite um exame detalhado para avaliar a saúde geral do felino, além de identificar possíveis sinais de problemas neurológicos. 

Análises laboratoriais são frequentemente realizadas para verificar os níveis de glicose, eletrólitos, função renal e hepática, entre outros. Isso acontece porque esses exames ajudam a descartar problemas metabólicos, facilitando o processo de encontrar o tratamento para o animal. 

Pode ser necessária a realização de exames de imagem como tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Esses procedimentos permitem avaliar o cérebro e detectar possíveis lesões, tumores ou malformações. 

Para um diagnóstico mais assertivo, pode ser preciso eletroencefalograma (EEG), mas este é um exame que costuma ser feito em clínicas especializadas.

Opções de tratamento para a convulsão em gatos

O tratamento da convulsão em gatos visa controlar os episódios, melhorar a saúde do animal e tratar a causa desses episódios, quando possível. Diversos medicamentos antiepilépticos, como fenobarbital, brometo de potássio e gabapentina, podem ser prescritos para controlar as convulsões. 

Mas é preciso lembrar que o uso desses remédios deve ser monitorado de perto para ajustes adequados de dosagem. Caso a convulsão seja causada por uma condição específica, como um tumor cerebral, infecção ou trauma, o tratamento direcionado para a causa pode ser o ideal. 

Em alguns casos, uma dieta específica pode ser prescrita como parte do tratamento. Isso porque, gatos com epilepsia podem precisar de uma alimentação rica em ácidos graxos ômega-3 ou dietas cetogênicas, que podem trazer diversos benefícios a esses animais. 

Vale ressaltar que, modificações no estilo de vida do gato podem ser benéficas, incluindo redução do estresse, controle de peso e gerenciamento de possíveis desencadeadores ambientais. 

Dessa forma, é imprescindível contar com visitas regulares ao neurologista veterinário, que será o responsável por monitorar a eficácia do tratamento, ajustar medicamentos conforme necessário e avaliar o estado geral de saúde do gato. 

Por fim, durante e após uma convulsão, é essencial fornecer cuidados de apoio, como garantir um ambiente seguro, evitar estímulos desencadeantes e oferecer conforto ao gato. 

O tratamento pode variar conforme a causa das convulsões e a resposta individual de cada gato. Por isso, a decisão sobre o melhor tratamento deve ser tomada em consulta com um veterinário especializado, garantindo um cuidado personalizado e eficaz. 
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