Com o passar dos anos, os cães, assim como nós, passam por mudanças que afetam sua saúde e qualidade de vida.
Por isso, é importante entender as necessidades e os riscos específicos dessa fase, para ajudar os tutores a proporcionarem um envelhecimento saudável e confortável para seus companheiros.
Assim, vamos explorar a partir de que momento um cão é considerado idoso, as doenças mais comuns que surgem com a idade, e como prevenir e lidar com essas condições. Continue lendo até o final!
Quando um cão é considerado idoso?
A definição de “idade avançada” para os cães depende de fatores como porte e raça. Em geral, cães de raças menores, como Poodle e Yorkshire Terrier, têm uma expectativa de vida mais longa e podem ser considerados idosos a partir dos 8 ou 9 anos.
Já raças de grande porte, como o Labrador e o Pastor Alemão, entram na fase sênior mais cedo, por volta dos 6 anos, enquanto cães gigantes, como o Dogue Alemão, podem ser considerados idosos a partir dos 5 anos.
Os sinais de envelhecimento variam entre os cães, mas alguns dos mais comuns incluem:
- Diminuição da energia e do interesse por atividades;
- Alterações no apetite e no peso;
- Aparência de pelos grisalhos, especialmente no focinho;
- Maior sensibilidade ao frio e ao calor;
- Perda auditiva e visual.
A partir dessa fase, o acompanhamento veterinário regular é essencial para identificar e tratar problemas precocemente.
Leia também: Quantos anos vive um cachorro? Veja o que pode aumentar a expectativa de vida do seu cão
Doenças comuns em cães idosos
Com o envelhecimento, o organismo dos cães fica mais suscetível a diversas condições de saúde. Abaixo estão algumas das doenças mais comuns em cães idosos:
Osteoartrite
A osteoartrite é uma doença degenerativa das articulações que provoca dor, dificuldade de locomoção e rigidez. Com o desgaste da cartilagem nas articulações, o movimento se torna mais doloroso e limitado.
Sinais: Dificuldade para levantar, relutância em subir escadas ou caminhar longas distâncias, aumento do tempo de descanso.
Tratamento: O tratamento pode incluir medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e suplementos articulares, como condroitina e glucosamina. A fisioterapia e o controle do peso também são fundamentais para minimizar o impacto nas articulações.
Insuficiência renal crônica
Comum em cães mais velhos, a insuficiência renal crônica ocorre quando os rins perdem gradualmente sua capacidade de filtrar toxinas do sangue. Essa condição é progressiva e pode ser controlada, mas não curada.
Sinais: Aumento da sede, perda de peso, falta de apetite, hálito forte, urina em grande quantidade.
Tratamento: Dieta especial e medicamentos para melhorar a função renal e reduzir o desconforto. O acompanhamento regular e exames de sangue são essenciais para monitorar a progressão da doença.
Doenças cardíacas
Problemas cardíacos, especialmente a insuficiência cardíaca congestiva, são comuns em cães idosos. Essas doenças ocorrem quando o coração tem dificuldade em bombear sangue adequadamente, o que pode levar a acúmulo de líquido nos pulmões e em outras partes do corpo.
Sinais: Tosse persistente, cansaço extremo, dificuldades respiratórias e inchaço abdominal.
Tratamento: Medicamentos para melhorar a função cardíaca e reduzir a carga sobre o coração, além de controle do peso e exercícios moderados, podem ajudar a controlar a doença e melhorar a qualidade de vida do cão.
Câncer
O risco de câncer aumenta com a idade, e algumas raças são mais propensas a certos tipos da doença. Tumores podem aparecer na pele, no trato digestivo ou nos órgãos internos.
Sinais: Nódulos visíveis, perda de apetite, perda de peso, sangramentos inexplicáveis, fadiga.
Tratamento: O tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou cuidados paliativos, dependendo do tipo e estágio do câncer.
Diabetes mellitus
Assim como nos humanos, a diabetes em cães ocorre devido a uma deficiência na produção ou resposta à insulina, hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue.
Sinais: Aumento da sede, aumento da urina, perda de peso, letargia, apetite voraz.
Tratamento: A diabetes em cães é tratada com uma combinação de injeções de insulina, dieta controlada e exercícios regulares.
Doença dentária
A doença periodontal é bastante comum em cães idosos, especialmente em raças pequenas. O acúmulo de placa e tártaro pode levar à gengivite e até mesmo à perda de dentes.
Sinais: Mau hálito, dificuldade para mastigar, sangramento nas gengivas, dentes soltos.
Tratamento: Limpeza dental regular realizada pelo veterinário, escovação dental caseira e uso de produtos específicos para manter a saúde bucal.
Problemas cognitivos
A síndrome da disfunção cognitiva, similar ao Alzheimer em humanos, pode afetar cães idosos. Essa condição leva a desorientação e alterações no comportamento.
Sinais: Confusão, desorientação, alterações no ciclo de sono, incontinência, comportamento repetitivo.
Tratamento: Não existe cura, mas medicamentos e suplementos que auxiliam na função cerebral podem ajudar a retardar a progressão dos sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Como prevenir doenças em cães idosos
A prevenção e o acompanhamento regular são fundamentais para garantir que seu cão envelheça com qualidade de vida. E mesmo que não possa ser previnida totalmente, algumas doenças podem ser retardadas.
Aqui estão algumas medidas importantes para cuidar do seu cachorro:
Check-ups veterinários frequentes
Levar o cão ao veterinário pelo menos duas vezes ao ano é essencial para a detecção precoce de doenças. Exames de sangue, ultrassonografias e radiografias podem identificar problemas antes que os sintomas apareçam.
Alimentação adequada
Uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é crucial para manter a saúde do cão idoso. Dietas formuladas para cães sêniores, ricas em antioxidantes, proteínas de qualidade e ácidos graxos ômega-3, ajudam a fortalecer o sistema imunológico, proteger as articulações e manter o peso adequado.
Controle de peso
O excesso de peso sobrecarrega as articulações e pode agravar problemas como artrite e doenças cardíacas. Exercícios moderados e controle da alimentação são importantes para manter o peso ideal.
Exercício físico e mental
Manter o cão ativo física e mentalmente ajuda a fortalecer os músculos, proteger as articulações e estimular o cérebro, evitando o declínio cognitivo. Brinquedos interativos e caminhadas regulares são ideais.
Cuidados com a saúde bucal
Escovar os dentes do seu cão regularmente e oferecer produtos que auxiliem na limpeza dental são maneiras eficazes de prevenir problemas periodontais. O cuidado com a boca do cachorro, no geral, é essencial para o bem-estar do animal.
Suplementação adequada
Para cães que já apresentam sinais de desgaste, o uso de suplementos articulares e antioxidantes sob orientação veterinária pode ajudar a proteger as articulações e o sistema imunológico.
Ambiente confortável
Ajustar o ambiente para as necessidades do cão idoso pode fazer uma grande diferença. Fornecer camas confortáveis, locais de descanso longe do frio e acessos facilitados para lugares altos ou escadas ajudam a evitar acidentes e a aumentar o bem-estar do animal.
A idade chega para todos
Envelhecer faz parte da vida, e com os cuidados certos, os cães podem passar por essa fase de maneira mais tranquila e saudável. A prevenção e o monitoramento são os melhores aliados dos tutores para proporcionar uma qualidade de vida elevada aos seus amigos de quatro patas.
Lembre-se sempre de consultar o veterinário para ajustar os cuidados conforme as necessidades do seu cão. E na VetzCo você encontra os melhores especialista da área para cuidar do seu amigo velhinho, agende sua consulta agora:
