A icterícia em gatos é um sinal clínico que indica a presença de alguma disfunção no organismo do felino. Caracteriza-se pela coloração amarelada das mucosas, pele e olhos, resultante do acúmulo de bilirrubina no sangue. Essa condição pode ser um indicativo de problemas hepáticos, hemolíticos ou obstrutivos, exigindo atenção imediata.
Embora a icterícia não seja uma doença em si, ela é um sintoma de diversas patologias que podem comprometer seriamente a saúde do gato. Entre as causas mais comuns estão a lipidose hepática, colangioepatite, infecções parasitárias e obstruções biliares. A identificação precoce dos sinais e a intervenção veterinária são cruciais para o prognóstico do animal.
Neste artigo, abordaremos em detalhes o que é a icterícia em gatos, seus sintomas, causas, tratamentos disponíveis, formas de prevenção e os riscos associados à condição. O objetivo é fornecer informações claras e precisas para que tutores possam agir de forma eficaz diante desse sinal clínico.
Boa leitura!
O que é icterícia em gatos?
A icterícia em gatos é caracterizada pela coloração amarelada das mucosas, pele e olhos, causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento amarelo resultante da degradação da hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos. Quando o fígado não consegue metabolizar adequadamente essa substância, ocorre sua acumulação, levando à icterícia.
As causas da icterícia em gatos podem ser classificadas em três categorias:
- Pré-hepáticas: resultantes da destruição excessiva de glóbulos vermelhos, como em casos de anemia hemolítica;
- Hepáticas: decorrentes de doenças que afetam diretamente o fígado, como hepatites, lipidose hepática e colangioepatite;
- Pós-hepáticas: Causadas por obstruções nas vias biliares, impedindo a excreção da bilirrubina.
É fundamental compreender que a icterícia é um sintoma de uma condição subjacente e não uma doença isolada. Portanto, a identificação da causa é essencial para o tratamento adequado.

Sintomas da icterícia em gatos
A icterícia em gatos manifesta-se por sinais clínicos que podem variar conforme a causa subjacente. Os sintomas mais comuns incluem:
- Coloração amarelada das mucosas, pele e olhos.
- Perda de apetite e consequente perda de peso.
- Letargia e diminuição da atividade física.
- Vômitos e diarreia.
- Urina escura e fezes pálidas.
- Aumento da sede e da frequência urinária.
Além desses sintomas, o gato pode apresentar sinais específicos relacionados à doença de base. Por exemplo, em casos de lipidose hepática, é comum observar-se anorexia e perda de peso significativa. Já em infecções parasitárias, como a micoplasmose, podem ocorrer febre e anemia.
A observação atenta do comportamento e das características físicas do gato é fundamental para a detecção precoce da icterícia e a busca por atendimento veterinário.
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Como tratar a icterícia em gatos?
O tratamento da icterícia em gatos depende da identificação e abordagem da causa subjacente. As principais estratégias terapêuticas incluem:
- Tratamento da doença de base: administração de medicamentos específicos para a condição identificada, como antibióticos para infecções bacterianas ou antiparasitários para infecções por protozoários;
- Suporte nutricional: em casos de anorexia, pode ser necessário o uso de sondas alimentares para garantir a ingestão adequada de nutrientes;
- Terapia de suporte: administração de fluidos intravenosos para corrigir desequilíbrios eletrolíticos e manter a hidratação;
- Monitoramento contínuo: Acompanhamento regular da função hepática e dos níveis de bilirrubina por meio de exames laboratoriais.
É importante ressaltar que a automedicação pode agravar o quadro clínico do animal. Portanto, qualquer intervenção deve ser realizada sob orientação veterinária.
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Como evitar a icterícia em gatos?
A prevenção da icterícia em gatos envolve medidas que visam manter a saúde geral do animal e reduzir o risco de doenças hepáticas e hemolíticas. Algumas práticas recomendadas incluem:
- Alimentação balanceada: fornecer uma dieta adequada às necessidades nutricionais do gato, evitando alimentos gordurosos e de baixa qualidade;
- Controle de parasitas: realizar a desparasitação regular para prevenir infecções que possam afetar o fígado;
- Monitoramento do peso: evitar a obesidade, que é um fator de risco para a lipidose hepática;
- Ambiente estável: minimizar mudanças bruscas no ambiente que possam causar estresse e levar à anorexia;
- Acompanhamento veterinário: realizar check-ups periódicos para detecção precoce de possíveis problemas de saúde.
A adoção dessas medidas contribui significativamente para a redução do risco de icterícia e outras doenças associadas.
Icterícia em gatos pode matar?
A icterícia em si não é fatal, mas indica a presença de uma condição subjacente que pode ser grave e potencialmente letal se não tratada adequadamente. Doenças como a lipidose hepática, colangioepatite e infecções parasitárias podem levar a complicações sérias e até à morte do animal.
A rapidez na identificação dos sintomas e a busca por atendimento veterinário são cruciais para o prognóstico. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitos gatos se recuperam completamente da condição que causou a icterícia.
Em resumo
A icterícia em gatos é um sinal clínico que requer atenção imediata, pois indica a presença de uma condição subjacente potencialmente grave. A identificação precoce dos sintomas, o diagnóstico preciso e o tratamento adequado são fundamentais para a recuperação do animal.
Tutores devem estar atentos às mudanças no comportamento e na aparência física de seus gatos, buscando orientação veterinária ao menor sinal de anormalidade. A prevenção, por meio de uma alimentação balanceada, controle de parasitas e ambiente estável, desempenha um papel crucial na manutenção da saúde hepática dos felinos.
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