Nos últimos anos, a incidência de leishmaniose tem aumentado em muitas áreas, devido ao avanço do vetor para regiões antes consideradas livres da doença. Isso torna a conscientização sobre o tema ainda mais importante.
Apesar de ser mais comum em cães, também pode afetar outros animais e até humanos, configurando uma zoonose. Se você tem um cão ou convive com animais domésticos, entender os sinais, os riscos e as formas de prevenção da leishmaniose é essencial.
Por isso, exploramos os principais aspectos dessa doença, desde os sintomas até as melhores práticas para proteger seu amigo de quatro patas. Boa leitura!
O que é leishmaniose?
A leishmaniose é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos pela picada de mosquitos-palha infectados.
Existem duas formas principais que afetam os cães: a leishmaniose visceral (ou calazar) e a leishmaniose cutânea. A visceral é a mais grave e pode afetar vários órgãos internos, enquanto a cutânea costuma causar lesões de pele.
Os cães são os principais reservatórios da doença, mas ela também pode atingir humanos, gatos e outros animais. O mosquito-palha, vetor da doença, é mais ativo ao entardecer e à noite, sendo comum em áreas úmidas e sombreadas.
Apesar de sua gravidade, a leishmaniose pode ser controlada com medidas preventivas, vacinação e manejo adequado. Por isso, a conscientização é a melhor arma contra a disseminação dessa doença.
Quais os sinais de leishmaniose?
Os sinais da leishmaniose podem variar conforme o estágio da doença e os órgãos afetados. Nos cães, os sintomas podem ser sutis no início, tornando o diagnóstico precoce um desafio.
Principais sinais clínicos:
- Lesões na pele: feridas que não cicatrizam, especialmente ao redor dos olhos, nariz e orelhas;
- Perda de peso: mesmo com apetite normal, o animal pode emagrecer progressivamente;
- Crescimento anormal das unhas: unhas excessivamente longas são um sinal característico;
- Apatia: redução da energia e da disposição para brincar ou interagir;
- Alterações oculares: inflamação e outros problemas nos olhos;
- Aumento dos linfonodos: inchaço perceptível nos gânglios linfáticos;
- Sangramentos nasais: em alguns casos podem ocorrer sangramentos no nariz do animal, também chamados de epistaxe.
Em casos mais graves, a doença pode levar a insuficiência renal, anemia e comprometimento de órgãos vitais, como o fígado e o baço.
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Quais os perigos da leishmaniose?
A leishmaniose representa um grande risco à saúde dos animais e das pessoas. Nos cães, a forma visceral é progressiva e, sem tratamento, geralmente fatal. Além disso, os animais infectados podem atuar como reservatórios, perpetuando a transmissão para outros cães e humanos.
Perigos para os animais:
- Insuficiência renal: uma das principais causas de morte em cães com leishmaniose;
- Imunossupressão: a doença compromete o sistema imunológico, tornando o animal suscetível a infecções secundárias;
- Qualidade de vida reduzida: o sofrimento causado pelos sintomas prejudica o bem-estar do pet.
Perigos para a saúde pública:
Por ser uma zoonose, a leishmaniose visceral também é uma ameaça para as pessoas, especialmente crianças, idosos e imunossuprimidos. Em humanos, a doença pode ser grave e exige tratamento prolongado.
Existe tratamento para leishmaniose?
Sim, existe tratamento para a leishmaniose, mas ele não é uma cura definitiva. O objetivo é controlar os sintomas, melhorar a qualidade de vida do animal e reduzir sua capacidade de transmitir o protozoário.
Como funciona o tratamento:
- Medicamentos específicos: como antimoniais e alopurinol, para controlar a replicação do protozoário;
- Tratamento sintomático: inclui suporte renal, hepático e suplementação vitamínica;
- Monitoramento contínuo: exames regulares para acompanhar a resposta ao tratamento.
Embora os avanços tenham melhorado o prognóstico, a leishmaniose é uma doença crônica. Isso significa que mesmo com tratamento, o animal pode permanecer infectado e requerer cuidados ao longo da vida.
Como evitar a leishmaniose?
A prevenção é a melhor estratégia contra a leishmaniose. Felizmente, há várias medidas que você pode adotar para proteger seu pet e sua família.
Medidas preventivas:
- Uso de coleiras repelentes: protegem contra a picada do mosquito-palha;
- Vacinação: disponível no mercado, reduz a probabilidade de infecção e a gravidade da doença;
- Ambiente protegido: mantenha o local onde o cão vive limpo e protegido contra insetos, usando telas e repelentes ambientais;
- Evitar passeios ao entardecer: o mosquito-palha é mais ativo durante esse período;
- Controle populacional do vetor: elimine criadouros do mosquito, como matéria orgânica acumulada e locais úmidos.
Além dessas ações, exames regulares no veterinário são fundamentais, especialmente em regiões endêmicas. Identificar a doença precocemente aumenta as chances de controle eficaz.
Como pudemos ver, a leishmaniose é uma doença complexa, mas não precisa ser um motivo de desespero. Com informação e cuidados adequados, é possível reduzir os riscos e garantir que seu pet tenha uma vida longa e saudável.
Se você mora em uma área com histórico de leishmaniose, converse com o veterinário para implementar um plano de prevenção eficaz. Agende sua consulta agora mesmo, pela VetzCo: