As causas que levam a convulsão em cachorros e como lidar com essa situação

Se o seu pet já teve uma convulsão, você já se questionou sobre o que causa convulsões em cachorros. Esse momento pode ser assustador, e muitos tutores não sabem exatamente o que fazer. 

Você sabe quais raças são mais predispostas a isso, ou quais sinais indicam que uma convulsão está acontecendo? Compreender essas questões é fundamental para agir rápido nessa situação. 

Neste artigo, vamos explicar o que causa convulsões em cachorros, quais são os principais sinais que indicam uma convulsão, como evitar, as raças mais propensas e muito mais. Vamos lá? 

O que causa convulsões em cachorros?

Antes de tudo, é preciso compreender o que é uma convulsão, que é o resultado da atividade elétrica descontrolada no cérebro manifestada fisicamente

As convulsões em cachorros podem ser causadas por três grupos principais de fatores: causas extracranianas, intracranianas e idiopáticas.

Quando as convulsões têm origem extracraniana, o exame neurológico do cachorro costuma ser normal entre os episódios, exceto por uma possível letargia. No entanto, outras alterações clínicas podem estar presentes. Diferente das convulsões epilépticas, as convulsões extracranianas não costumam deixar o animal confuso depois do episódio e raramente provocam alterações como urinar ou defecar involuntariamente.

As causas mais comuns de convulsões extracranianas são metabólicas:

  • Hipoglicemia: níveis baixos de açúcar no sangue.
  • Hipocalcemia: baixos níveis de cálcio no sangue, que podem causar espasmos musculares ou convulsões. Isso pode ser devido a condições como eclampsia (tetania puerperal), hipoparatireoidismo ou insuficiência renal.
  • Anoxemia: baixos níveis de oxigênio no sangue.
  • Encefalopatias hepática e urêmica: problemas graves no fígado ou rins que afetam o cérebro. 

O que causa convulsões em cachorros pode ter origem tóxica também:

  • Intoxicação por substâncias como chumbo, pesticidas (organofosforados, carbamatos, clorados), vitamina D em excesso e fluoracetato de sódio.

Ou ainda questões nutricionais: 

  • Deficiência de tiamina (vitamina B1).
  • As convulsões que ocorrem antes ou depois das refeições podem indicar um problema metabólico, principalmente hipoglicemia causada por um tumor no pâncreas (insulinoma).
  • Convulsões durante o exercício podem ser devido à hipoglicemia ou problemas cardíacos.
  • A hipoglicemia pode causar vários sintomas, pois a glicose é a principal fonte de energia do cérebro. Os sintomas podem variar desde fraqueza muscular até convulsões epilépticas.

Nas convulsões extracranianas, é comum que o cachorro apresente outros problemas neurológicos entre os episódios, como dificuldades com os nervos cranianos, visão, equilíbrio ou coordenação. As principais causas dessas convulsões são:

  • Traumatismos crânio-encefálicos (TCE): lesões na cabeça.
  • Neoplasias: tumores no cérebro.
  • Encefalites: inflamações no cérebro.
  • Hidrocefalia: acúmulo de líquido no cérebro.

Na Epilepsia Idiopática, não há uma causa clara para as convulsões. Os exames clínicos e neurológicos do cachorro ficam normais entre as crises, então o diagnóstico é feito eliminando outras possíveis causas. 

Como evitar convulsões em cachorros

Alguns hábitos podem evitar aquilo que causa convulsões em cachorros

Por exemplo, manter uma rotina consistente é importante pois mudanças bruscas no ambiente ou na alimentação podem desencadear convulsões. Evite estressores conhecidos e mantenha horários regulares para alimentação, passeios e descanso.

Alguns cães também são mais sensíveis a estímulos como fogos de artifício, trovões ou outros eventos estressantes. Evite exposição a essas situações sempre que possível. Se você sabe que seu pet fica ansioso durante tempestades, por exemplo, crie um ambiente tranquilo e seguro para ele.

Além disso, a alimentação saudável é muito importante para o bem-estar. Proporcione uma dieta equilibrada e adequada às necessidades do seu cão. Consulte um nutricionista veterinário para sugerir opções. 

Leia mais sobre esse assunto em: O que um nutricionista veterinário faz? 

Convulsões em cachorros: o que fazer  

Durante uma convulsão, é essencial proteger o cão de se machucar. Evite que ele bata em objetos cortantes ou caia de lugares altos.

Verifique se a língua não está obstruindo a passagem de ar. Isso é crucial para evitar asfixia. Se necessário, consulte um veterinário para saber como proceder e evitar que o cão morda durante a crise.

Se puder, coloque uma almofada para apoiar a cabeça. Esse movimento ajuda a evitar que aconteçam acidentes.  


Nesses momentos, busque um veterinário de confiança e siga as recomendações fornecidas. O veterinário vai explicar melhor sobre o que causa convulsões em cachorros e fará as orientações corretas.

As raças de cachorro propensas a desenvolver convulsões, segundo uma matéria publicada pelo Portal G1, são: Beagle, Setter Irlandês, Yorkshire, Maltes e Lhasa Apso. Outras raças, como Boxer e Golden Retriever, também possuem predisposição ao desenvolvimento de tumor cerebral.

Quantas convulsões um cachorro aguenta?

A quantidade de convulsões que um cachorro pode suportar varia de acordo com vários fatores, como a causa subjacente, a gravidade das convulsões e a saúde geral do animal. 

Portanto, consultar um veterinário para saber o que causa convulsões em cachorros é essencial para iniciar um tratamento e cuidados específicos. 

O tratamento pode incluir medicamentos anticonvulsivantes, mudanças na dieta e manejo do ambiente.

Lembre-se de que cada caso é único, e um profissional de saúde animal pode avaliar o seu cão individualmente. Se você suspeita que seu cão está tendo convulsões, busque ajuda veterinária para um diagnóstico preciso e orientações específicas.

Aqui na Vetzco você encontra veterinários especializados em neurologia que estão na sua região! Marque uma consulta caso o seu cãozinho apresente sinais de convulsão. 

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