A vacinação é uma das medidas mais importantes para garantir a saúde dos cães, protegendo-os contra doenças graves e muitas vezes fatais.
Com tantas vacinas disponíveis, muitos tutores ficam em dúvida sobre quais são realmente essenciais e como seguir um esquema de vacinação adequado. Além disso, surgem questões sobre a diferença entre vacinas nacionais e importadas e os cuidados antes e depois da aplicação.
Por isso, neste guia completo, vamos esclarecer tudo o que você precisa saber para manter seu cão protegido. Boa leitura!
Importância de vacinar os cães
A vacinação tem um papel fundamental na prevenção de doenças contagiosas e muitas vezes letais. Algumas enfermidades, como cinomose e parvovirose, podem levar à morte rapidamente, especialmente em filhotes.
Principais benefícios da vacinação
- Protege contra doenças graves: reduz a incidência de enfermidades como raiva, leptospirose e hepatite infecciosa;
- Evita custos elevados com tratamentos: muitas doenças preveníveis exigem internação e tratamento intensivo, que podem ser caros e nem sempre eficazes;
- Aumenta a longevidade do cão: pets vacinados têm um sistema imunológico mais preparado para combater infecções;
- Previne a transmissão de zoonoses: a raiva e a leptospirose podem ser transmitidas para os humanos, tornando a vacinação uma questão de saúde pública;
- Reduz a propagação de doenças em ambientes coletivos: locais como creches para cães, parques e clínicas veterinárias apresentam maior risco de contágio entre os animais.
Mesmo cães que vivem dentro de casa ou em apartamentos devem ser vacinados, pois vírus e bactérias podem ser trazidos para o ambiente em sapatos, roupas e objetos.

Quais são as principais vacinas dos cães?
As vacinas para cães se dividem em essenciais (obrigatórias) e opcionais, dependendo do estilo de vida do animal e do risco de exposição a determinadas doenças.
Vacinas essenciais (obrigatórias)
Estas vacinas são recomendadas para todos os cães, independentemente da idade ou estilo de vida:
- V8 ou V10 – Protegem contra:
- Cinomose
- Parvovirose
- Coronavirose
- Hepatite infecciosa canina
- Adenovírus tipo 2
- Parainfluenza canina
- Leptospirose (com variação no número de sorovares protegidos entre V8 e V10)
- Antirrábica – Protege contra a raiva, uma doença letal e transmissível aos humanos.
Vacinas opcionais (não obrigatórias, mas recomendadas)
São indicadas conforme o ambiente e o estilo de vida do cão:
- Gripe canina (Tosse dos Canis) – Protege contra Bordetella bronchiseptica e Parainfluenza, recomendada para cães que frequentam pet shops, hotéis ou parques.
- Leishmaniose – Indicada para cães que vivem em áreas endêmicas da doença. Deve ser acompanhada do teste sorológico antes da aplicação.
- Giárdia – Auxilia na proteção contra a giardíase, uma infecção intestinal que pode ser transmitida para humanos.
O veterinário pode indicar quais vacinas opcionais são necessárias conforme o histórico e rotina do cão.
Esquema de vacinação dos cães
O cronograma de vacinação pode variar conforme o protocolo adotado pelo veterinário, mas geralmente segue este padrão:
Filhotes
- 1ª dose: V8 ou V10 – entre 6 e 8 semanas de vida
- 2ª dose: V8 ou V10 – após 21 a 30 dias da primeira
- 3ª dose: V8 ou V10 – após 21 a 30 dias da segunda
- 4ª dose (opcional): recomendada para filhotes com maior risco de exposição
- Raiva: aplicada a partir dos 3 meses de idade, com reforço anual
Cães adultos (recomeçando a vacinação)
- Se o cão nunca foi vacinado ou o histórico vacinal é desconhecido:
- 2 doses de V8 ou V10, com intervalo de 21 a 30 dias
- 1 dose da antirrábica
- Reforços anuais para todas as vacinas essenciais
Reforços anuais
Após completar o protocolo inicial, o cão deve receber reforços anuais das vacinas V8/V10 e antirrábica para garantir proteção contínua.
Diferenças entre vacinas nacionais e importadas
Os tutores frequentemente se perguntam se devem optar por vacinas nacionais ou importadas. Ambas são eficazes, mas há algumas diferenças:
- Vacinas importadas tendem a ser mais purificadas, com menor risco de reações adversas e maior eficácia imunológica.
- Vacinas nacionais são mais acessíveis financeiramente, mas algumas podem conter conservantes que aumentam as chances de reações alérgicas.
Independentemente da origem, o mais importante é que a vacina seja aplicada por um veterinário e armazenada corretamente para garantir sua eficácia.
Leia também: Priorize a prevenção: conheça as vacinas nacionais para cachorros
Cuidados antes e depois da vacinação dos cães
Para garantir que a vacinação ocorra de maneira segura, alguns cuidados são essenciais.
Antes da vacinação:
- O cão deve estar saudável – febre, diarreia ou apatia podem indicar que não é um bom momento para vacinar.
- Vermifugação em dia – filhotes devem ser vermifugados antes do início das vacinas.
- Evite vacinar um cão muito estressado ou debilitado.
Após a vacinação:
- Alguns cães podem apresentar reações leves, como:
- Sonolência
- Febre baixa
- Inchaço no local da aplicação
- Falta de apetite temporária
- Evite exercícios intensos nas primeiras 24 horas após a vacina.
- Se houver reação alérgica severa (inchaço no rosto, vômito, diarreia intensa), procure um veterinário imediatamente.
Posso vacinar meu cão em casa?
Pode, mas a vacinação deve ser feita sempre por um veterinário. As vacinas precisam ser armazenadas em temperatura adequada e aplicadas corretamente. Vacinas compradas sem procedência podem ser ineficazes ou até prejudiciais.
Manter o calendário de vacinação do seu cão atualizado é essencial para protegê-lo contra doenças graves. Consulte um veterinário de confiança para garantir que seu pet receba todas as vacinas necessárias no momento certo.
Além disso, fique atento aos reforços anuais para garantir uma imunização contínua. Cuidar da saúde do seu cão é investir em uma vida longa e saudável ao lado do seu melhor amigo!
