Doença de Cushing em cães: entenda causas, sintomas e tratamentos

A doença de Cushing em cães ocorre quando o organismo do animal produz uma quantidade excessiva de cortisol — o hormônio do estresse — por um longo período de tempo. 

Estudos mostram que cerca de 80% dos casos de Cushing canino têm origem na hipófise, uma pequena glândula localizada no cérebro. A doença tende a evoluir de forma lenta e progressiva, dificultando o diagnóstico precoce. 

Muitas vezes, os sinais clínicos iniciais podem ser confundidos com o envelhecimento natural do animal, o que atrasa a busca por atendimento veterinário.

Neste artigo, abordaremos de forma detalhada o que é a doença de Cushing em cães, seus sintomas mais comuns, os perigos associados, como é feito o tratamento e quais medidas podem ajudar na prevenção. Se você tem um pet em casa, especialmente um cão de idade avançada, este conteúdo será essencial para garantir o bem-estar dele.

Boa leitura!

O que é a doença de Cushing em cães

A doença de Cushing em cães, também conhecida como hiperadrenocorticismo, é uma condição endócrina complexa que afeta principalmente cães de meia-idade a idosos.

Ela ocorre quando há produção excessiva do hormônio cortisol pelas glândulas suprarrenais. Este hormônio, em níveis normais, é essencial para funções como controle do metabolismo, resposta imunológica e regulação da pressão arterial. Quando em excesso, porém, pode causar desequilíbrios significativos no organismo do animal.

Existem três formas principais da doença:

1. Cushing dependente da hipófise (PDH): representa cerca de 80% a 90% dos casos e é causada por um tumor benigno na hipófise que estimula as suprarrenais a produzirem mais cortisol;
2. Cushing adrenal (ADH): ocorre quando há um tumor, benigno ou maligno, diretamente em uma das glândulas suprarrenais;
3. Cushing iatrogênico: surge pelo uso prolongado de corticosteroides administrados por via oral, tópica ou injetável, geralmente para tratar outras condições.

Essa distinção é importante porque determina o tipo de tratamento mais adequado.

Sintomas da doença de Cushing em cães

Os sinais clínicos do Cushing podem ser sutis no início, mas tendem a se tornar evidentes com o tempo. Reconhecer os sintomas precocemente é fundamental para buscar ajuda veterinária.

Principais sintomas observados

• Aumento da sede e da urina (polidipsia e poliúria): um dos sinais mais comuns.
• Aumento do apetite (polifagia): cães com Cushing frequentemente parecem estar sempre com fome.
• Queda de pelos: geralmente simétrica, especialmente no tronco.
• Pele fina e frágil: pode haver machucados com facilidade e má cicatrização.
• Barriga inchada (abdômen pendular): resultado da fraqueza muscular e redistribuição de gordura.
• Letargia e intolerância a exercícios: o cão pode parecer mais cansado ou menos disposto.
• Infecções de pele recorrentes: causadas pela imunossupressão.
• Ofegância e respiração pesada.

Esses sintomas não são exclusivos do Cushing, mas sua combinação levanta forte suspeita da doença.

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O perigo da doença de Cushing em cães

A doença de Cushing não tratada pode levar a complicações sérias. O excesso de cortisol suprime o sistema imunológico e interfere em diversos sistemas do corpo, tornando o animal vulnerável a outras doenças.

Complicações associadas

• Diabetes mellitus: comum em cães com Cushing, especialmente em fêmeas;
• Pancreatite: inflamação do pâncreas, que pode ser grave;
• Hipertensão: pode levar a problemas renais e cardiovasculares;
• Problemas neurológicos: principalmente nos casos com tumores hipofisários maiores;
• Ruptura de ligamentos: especialmente o cruzado cranial, devido à fraqueza muscular e alterações articulares.

Embora não seja uma condição imediatamente fatal, o Cushing reduz a qualidade e expectativa de vida do cão se não for devidamente controlado.

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Tratamento da doença de Cushing em cães

O tratamento depende da forma da doença e do estado geral do animal. O objetivo é controlar os níveis de cortisol e minimizar os sintomas.

Opções de tratamento

1. Medicação oral:
   
   • Trilostano: o mais utilizado atualmente. Inibe a produção de cortisol. Requer acompanhamento com exames frequentes;
   • Mitotano: menos usado, destrói parte do tecido adrenal, mas pode ter mais efeitos colaterais.
     
2. Cirurgia:
   
   • Indicado em casos de tumor adrenal único, com boa chance de remoção completa;
   • Em casos raros, pode-se considerar a remoção da hipófise (hipofisectomia), mas é um procedimento de alta complexidade.
     
3. Radioterapia:
   
   • Usada em tumores hipofisários grandes ou agressivos.
     
4. Monitoramento contínuo:
   
   • Exames regulares de sangue e imagem são essenciais para ajustar o tratamento.

O tratamento é vitalício e exige comprometimento do tutor com acompanhamento veterinário contínuo.

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Como prevenir a doença de Cushing em cães

Por se tratar de uma doença hormonal geralmente causada por fatores internos (como tumores), a prevenção total é difícil. No entanto, alguns cuidados podem ajudar a reduzir os riscos.

Cuidados preventivos

• Evitar o uso prolongado de corticosteroides sem indicação veterinária: essa é a principal forma de prevenir o Cushing iatrogênico;
• Check-ups regulares: especialmente em cães acima de 7 anos;
• Observar mudanças comportamentais ou físicas sutis: quanto mais cedo for diagnosticado, melhor o prognóstico;
• Manter o peso ideal e uma alimentação equilibrada: obesidade pode agravar sintomas e dificultar o diagnóstico.

Além disso, cães de determinadas raças como Poodle, Dachshund, Beagle e Boxer parecem ter predisposição genética, então os tutores desses animais devem ser ainda mais vigilantes.

A doença de Cushing em cães é uma condição complexa, mas que pode ser controlada com tratamento adequado e acompanhamento constante. Identificar os sinais precocemente e buscar orientação veterinária são atitudes essenciais para garantir o bem-estar do seu pet. Para isso, acesse o site da Vetzco e agende sua consulta com o veterinário agora mesmo: